quinta-feira, julho 10, 2008

From Pangkor to Eden



Dizem que não devemos voltar aos sítios onde fomos felizes. Podia escrever a nossa história em ordem cronológica através dos hotéis onde nos amamos, do Porto Santo a Pangkor. Há algo impessoal e anónimo nos quartos de hotel bem arranjados e climatizados que me excita como se fosse a primeira vez. Talvez por isso trocamos sempre de hotel quando vou ter contigo ao rochedo. Talvez por nos sentirmos amantes fortuitos, como clandestinos de um navio em cruzeiro. Noites de calor entre paredes decoradas com gravuras em série, malas mal abertas e nós de passagem , ao som de hilariantes excertos musicais em jeito de trilha sonora. Loud and clear, intercalava a voz da telefonia ambiente na palafita sobre o Índico, enquanto a tempestade tropical jogava com as ondas ao ritmo dos nossos corpos encharcados. Ilhas de fantasia e de paixão nos cantos do mundo por onde nos deixamos, sabor dos teus beijos, cheiros e cores, promessas de eternidade esquecidas no check out. Sempre gostei de acordar ao teu lado, de me deixar estar quieta à espera que estendas o braço à minha procura antes de abrir os olhos. Sempre gostei de te amar de manhã, sem hora marcada. Sempre gostei dos quartos de hotel, lapsos do tempo em síntese de sonhos, onde jamais voltarei...

16 comentários:

SMA disse...

Também consigo a fazer ordem cronologica dos hoteis... e não podia esquecer-me do fantastico hotel D. Fernando em Évora, risos, risos, risos...
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no Indico não me apanhas
Risos
bjo

MM disse...

Sim minha querida, mas que me conste Évora está longe de ser uma ilha(fantasias à parte)...

Se fôssemos por aí a lista não caberia nas páginas do blog:-)))

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Não sabes o que perdes...

Bjs,
Luz

Ana Paula Sena disse...

De repente, lembrei-me de Hemingway e do seu "O Jardim do Éden"! :)

Bonito blog!

MM disse...

Bem lembrado Ana Paula!

Tomara eu...

Obrigada pelo elogio, espero que volte.

Bj,
Luz

angelá disse...

Adeus Luz.
Já não tenho blogues. Acabou.

Gostei de te conhecer.
Beijo

angelá disse...

esqueci-me de assinar

ângela marques

MM disse...

Querida Ângela, tu nunca serás "ninguém" para mim. Serás sempre alguém que perdeu tempo a ler-me, que me fez companhia e me incentivou a continuar. Quero que saibas que me fazes falta, estejas onde estiveres. Quero ainda que saibas que continuarei a escrever e a esperar pelos teus comentários e pelas tuas críticas sempre bem vindas e certeiras. Fica bem, até sempre!
Bjs,
Luz

angelá disse...

Luz,
No momento de saída da blogosfera nada me veio à cabeça como nick, por isso escrvei "ninguém".
Mas vou continuar a visitar e comentar poucos blogues de que gosto. O teu é um deles. Primeiríssimos. Por isso deixei o meu nome, que não tenho motivos para e esconder, nem para segredos.
Quero ler-te. As tuas histórias bem escritas.
Beijo

MM disse...

Hummmm:-)

Assim fico mais contente!

Um beijo,

Luz

Anónimo disse...

...permita-me a versão alfacinha, com Tejo e tudo
Da Graça ao Eden (de Cassiano Branco)
só para lhe comunicar q gosto do q vou lendo por aqui
bem haja
ana

MM disse...

Olá Ana,

Permito sim senhora!

O Eden do Cassiano não será (para mim) tão aprazível como o Eden Mar (que sucedeu as palafitas de Pangkor), mas acredito que a versão alfacinha tenha as suas razões.

Seja bem-vinda!

Luz

Anónimo disse...

obrigada:)
sois muito hospitaleira
...as razões, ora, são de proximidade e lusas (a minha bola, bandeira e gritos são de outra tonalidade)
como na rua da saudade de outrora e sempre há uma "cidade mulher da minha vida"
beijo
ana

Anónimo disse...

...ah!!!!perdão, mas também há palafitas na baixa pombalina
...pombalinas, e tudo:)!!!!!
a água é q pode escassear, mas não é conversa para tão idílico post

MM disse...

Eh eh... Pois não é mesmo, mas pode ser outra conversa para outros posts ou outros lugares, não pode?

Bjs;-)

Luz

Anónimo disse...

…e ainda!!!! :):
Além de mais, presunções literárias à parte – que as tenho e estão na origem desta nossa colisão comunicante –“viajar é perder países” por muito que, acredito, tenha conjugado o verbo ganhar (pela manhã, que é quando começa o dia e o ambiente exterior e luz em volta – sem passos - fazem toda a diferença – permita-me a brejeirice)
Beijo (talvez inconveniente, perdão reiterado)
ana
p.s: já chega!!!!!!
p.p.s: O encontro fica marcado para outros postes de iluminação (olha!!!mais palafitas:)), caso a hospitalidade permaneça

MM disse...

Ó mulher, é impressão minha ou estás sempre a pedir "perdão" por dá cá aquela palha!?

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Pela manhã, brejeirices à parte, why not?!..
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A hospitalidade (para o caso) é um apanágio, logo, permanece. É só escolher o poste (já que prá palafitas isto vai estando mais complicado).

Até a próxima colisão:-))
Beijos,

Luz