segunda-feira, setembro 24, 2007

(des) esperança



Confesso que ainda te amo. Por isso criei esse espaço, para te falar de mim como se aqui ainda pudesses escutar o meu coração. Sempre pensei que amar era tudo o que eu precisava para ser feliz, mas sabes tão bem como eu que amar não chega. E depois, quando amamos, temos de fazer alguma coisa com o nosso amor quando já não somos mais amados, mesmo que seja coleccionar canções, poemas, imagens e tudo o que nos traga migalhas de esperança. Em vão... Se há algo que nada tem a ver com o amor é a esperança. A esperança mata lentamente o pouco de nós que resiste ao abandono. Há-de chegar o momento em que uma sensação definitiva de vazio me desperte para uma vida onde tu já não existes. Nem o teu nome, nem o teu sorriso, nem o teu olhar significarão mais nada. Então o amor terá simplesmente acabado da mesma forma como começou, por mero acaso, no momento em que olhei para ti. Tem de ser assim, porque não pode ser de outra forma. Nenhuma esperança poderá reacender em ti a chama, porque já vives nessa outra vida em que eu já não sou e já não estou. Mas nada do que faças poderá matar o meu amor por ti. O teu desprezo, a tua indiferença, a tua frieza, servem apenas para me dar razões para não te amar, mas não para deixar de te amar. O amor é meu, e não tens esse poder.