quarta-feira, fevereiro 21, 2007

Par délicatesse




Oisive jeunesse 
A tout asservie, 
Par délicatesse 
J'ai perdu ma vie. 

(c) Rimbaud, in CHANSON DE LA PLUS HAUTE TOUR

4 comentários:

SMA disse...

Não acredito que algo tão delicado como a propria delicadeza... fez-te perder a vida?!

Não ser delicado na espera de outra delicadeza... é sem duvida um acto solitario e gratuito.

Bjo doce

MM disse...

Meu amor, sei que gostas do que escrevo, mas ainda não tenho pretensões de ser o Rimbaud! (LOL)
Seja como for, não o percebeste (a ele, o nosso amigo Rimbaud...). Seja como for, assumo que desde há vários anos este é um dos meus autores preferidos, e especialmente esta belíssima "Chanson de la plus haute tour". Ás vezes olhamos para trás e (re) vemos o nosso próprio percurso, como um flash back... Talvez sejas muito jovem para compreender que não se trata de "não ser delicado", mas exactamente o contrário. Nada é gratuito, como sugeriste, mas será, porventura, solitário, com ou sem delicadeza. Para reflectir...

SMA disse...

Desculpa... mas acredito que existe gestos e presenças gratuitas. Penso mesmo que a tristeza, dor e frustração provem daí... do estar sempre à espera da retoma.

Bjo

MM disse...

Tens toda razão... E tu lá sabes! Mas insisto: a dor, muitas vezes, está em nós. O outro é apenas um veículo de transmissão, que "por delicadeza" não somos capazes de estancar.

Siempre tuya,
Luz

PS: adoro os teus beijos "doces"...